MATRIZES AFRICANAS

Movimento Pretas realiza ações no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

Protocolo de PL, criação de frente parlamentar e ato na Câmara de SP foram algumas das atividades. Ato lembrou também Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé

Movimento Pretas.Créditos: Assessoria de Comunicação
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Hoje, 21 de março, é o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e das Nações do Candomblé. O Movimento Pretas, encabeçado pela deputada estadual Monica Seixas, realiza uma série de ações para conscientizar sobre a importância da data.

Foi protocolado um projeto de lei que institui que o Decreto Federal que estabelece o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé entre no calendário oficial do estado de São Paulo. “Atualmente o decreto é válido para o território nacional, mas não entrou oficialmente no calendário do Estado, queremos que as culturas dos povos de matriz africana sejam reconhecidas como forma de combater a intolerância religiosa”, afirma Ana Laura Cardoso, codeputada estadual do Movimento Pretas.

Outra ação foi a criação da frente parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, com a finalidade de garantir direitos em condição de igualdade. “Precisamos efetivar a cidadania, combater o racismo, a discriminação, a marginalização e o genocídio. O Brasil foi o último país a oficializar o término da escravidão, ainda não extinta”, disse a coparlamentar paulista.

Por fim, houve o ato “Resistência é coisa de preto! Nosso terreiro, nossa luta!” na Câmara Municipal de São Paulo, a partir das 18h, que contou com a presença das codeputadas estaduais do Movimento Pretas, da vereadora de São Paulo Luana Alves, entre outros militantes, como a artista popular Nega Duda e Guilherme Watanabe, pai de santo do Terreiro de Umbanda Urubatão.

“Resistência e avanço é assim que vamos seguir. São Paulo é Solo Preto e Indígena e precisamos reconhecer e valorizar isso”, finalizou Ana Laura.