QUEM MANDOU MATAR?

Famílias de Marielle e Anderson obtêm importante vitória no âmbito das investigações

Familiares da vereadora e motorista assassinados em 2018 tiveram decisão favorável a um recurso protocolado junto ao STJ e terão acesso às provas do inquérito

Protesto por Justiça a Marielle Franco e Anderson Gomes.Créditos: Daniela Moura / Mídia NINJA
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Familiares da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em março de 2018 em um crime brutal e ainda sem solução, obtiveram nesta terça-feira (18) uma importante vitória: a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisou um recurso e decidiu, de maneira unânime, conceder às famílias das duas vítimas acesso ao inquérito sobre os mandantes do assassinato

Desta maneira, parentes de Marielle e Anderson poderão entrar em contato com os autos do processo e saber quais provas já foram coletadas na investigação, desde que dados sigilosos sejam preservados. Os familiares entraram com o recurso no STJ após a Justiça do Rio de Janeiro, responsável pelas investigações, negar o acesso ao inquérito. 

"Cinco anos se passaram desde o assassinato, e as famílias das vítimas continuam sem respostas sobre quem mandou matar a Marielle e o Anderson e por quais motivos.  As famílias têm expressado sentimentos insuportáveis de dor, incerteza e indignação devido à negação por parte do Estado frente a seus pedidos de acesso à investigação", diz nota do Comitê Justiça por Marielle e Anderson, composto por organizações e parentes dos dois assassinados. 

Os únicos presos pelo crime bárbaro, até o momento, são os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, apontados como os autores dos disparos que mataram Marielle e Anderson. Os mandantes do crime e o motivo, entretanto, seguem desconhecidos. 

Reação

Através das redes sociais, o Instituto Marielle Franco celebrou a decisão do STJ. 

"HISTÓRICO!! DIA DE VITÓRIA PARA O CASO MARIELLE E ANDERSON! De maneira unânime o STJ se posicionou favorável ao recurso apresentado pelas famílias, reconhecendo seu direito legítimo de acesso às informações sobre a investigação dos autores intelectuais desse crime", diz a publicação. 

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