Bolsonaro conspira sobre óleo no Nordeste e diz que pode ter sido "ato crimininoso" proposital

O presidente alega que vazamento pode ter sido provocado intencionalmente para prejudicar megaleilão de petróleo

Foto: Adema/Governo do Sergipe/Divulgação
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Em nova teoria da conspiração, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta sexta-feira (18) que o vazamento de óleo que atinge mais de 100 praias do Nordeste desde setembro pode ter sido cometido intencionalmente com o objetivo de prejudicar o megaleilão de petróleo da cessão onerosa que será realizado em novembro. "Coincidência ou não, nós temos um leilão da cessão onerosa. Eu me pergunto, a gente tem que ter muita responsabilidade no que fala: poderia ser uma ação criminosa para prejudicar esse leilão? É uma pergunta que está no ar", disse o presidente em vídeo transmitido ao vivo no Facebook ao lado do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e oficiais da Marinha. "Nós estamos cientes da nossa responsabilidade, as Forças Armadas e demais órgãos do governo estão fazendo a sua parte", acrescentou. As áreas em oferta no leilão da cessão onerosa correspondem à maior rodada de licitações de petróleo da história. As áreas somam juntas um bônus de cerca de 106,5 bilhões de reais. Essa já é a segunda teoria pouco provável de Bolsonaro sobre a origem do petróleo. Na quinta-feira (17), durante sua live semanal no Facebook, o presidente voltou a repetir o óleo seria de origem venezuelana. Na quinta-feira, o Ibama confirmou que o óleo é venezuelano, mas ressaltou que isso não significa necessariamente que a Venezuela seja a responsável pelo vazamento.