Os novos advogados de Monique Medeiros da Costa e Silva afirmam que a mãe de Henry Borel, de 4 anos, sofria uma rotina de agressões por parte do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e já chegou a ser enforcada por ele dentro do apartamento onde o casal morava.
O advogado Hugo Novais insinua, inclusive, que as declarações de Monique à polícia podem ter sido influenciadas pelo namorado. Sob o argumento de que, com a prisão temporária de Jairinho, a professora se sentiria segura para falar a verdade, requisitaram um novo depoimento ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca).
"Tanto a babá, quanto a ex-namorada afirmaram ter medo dele (de Jairinho). Será que a única pessoa que não teve o depoimento influenciado por Jairinho foi Monique? É uma questão de raciocínio", argumentou Hugo Novais ao jornal O Globo.
Na primeira versão do depoimento, a professora disse que o menino poderia ter morrido após um acidente doméstico, como ter se desequilibrado ou até tropeçado no encosto da poltrona e caído no chão.
O laudo de perícia, no entanto, apontam hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, além de equimoses, hematomas, edemas e contusões não compatíveis com um acidente doméstico.
Em entrevista nesta segunda-feira (19) à rádio CBN, o delegado-chefe do Departamento de Polícia da Capital, Antenor Lopes, afirmou que o inquérito que apura a morte de Henry deve ser fechado esta semana. Segundo ele, ainda não há indícios de que Monique era agredida ou ameaçada pelo namorado. Ambos estão presos desde o dia 8 deste mês.