Desemprego bate recorde e 76,4 milhões de brasileiros acima dos 14 anos estão fora da força de trabalho

No total, 14,3 milhões de brasileiros sofrem com o desemprego, o maior índice da série histórica, iniciada em 2012. Em um ano, número de pessoas que estão fora da força de trabalho cresceu em 10,6 milhões

Ministro da Economia, Paulo Guedes, faz arminha com as mãos durante evento. (Foto: Reprodução)
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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, diante da inação do governo Jair Bolsonaro, o Brasil bateu novo recorde de desemprego que atingia 14,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro - 14,2% da população economicamente ativa. É o maior número de desempregados desde o início da série histórica, iniciada em 2012.

Embora tenha mantido a estabilidade em relação ao índice registrado no trimestre anterior - que foi de 14,23% -, o crescimento foi de três pontos porcentuais em relação ao mesmo período de 2020, quando a taxa de desemprego era de 11,2% - uma alta de 19,8%.

Com o resultado, o Brasil soma atualmente 76,4 milhões de trabalhadores - com mais de 14 anos - fora da força de trabalho. Em um ano, 10,6 milhões de pessoas ficaram fora da força de trabalho.

Sem auxílio emergencial, a população desalentada soma 5,9 milhões de pessoas - 5,6% da força de trabalho. Outros 32,4 milhões fazem parte da população com mão de obra subutilizada, que trabalham principalmente com bicos.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,8 milhões de pessoas) subiu 3,6% em relação ao trimestre anterior (mais 339 mil pessoas) e caiu 16,0% (menos 1,9 milhão de pessoas) frente a igual trimestre de 2020.

A taxa de informalidade foi de 39,7% da população ocupada, ou 34,1 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 38,8% e no mesmo trimestre de 2020, 40,7%.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,8 milhões de pessoas) subiu 3,6% em relação ao trimestre anterior (mais 339 mil pessoas). Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 29,8 milhões de pessoas, com estabilidade frente ao trimestre anterior e queda de 11,6% frente ao mesmo período de 2020.