"Estou vendo quase o surgimento do nazismo", diz Lula sobre atentado a tiros contra a caravana

Um dos ônibus que acompanha a caravana do ex-presidente Lula foi alvejado com ao menos três disparos de arma de fogo durante um trajeto no Paraná; apesar de solicitada, não houve escolta policial

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Em discurso proferido na Universidade Federal da Fronteira do Sul em Laranjeiras (PR), na noite desta terça-feira (27), o ex-presidente Lula comentou o atentado a tiros sofrido por um dos ônibus que compõe sua caravana pelo Sul do país. Um dos veículos foi alvejado com ao menos três tiros de arma de fogo e pregos foram colocados na estrada para que os pneus fossem furados e, assim, o ônibus tivesse que reduzir a velocidade. Apesar de solicitada pelo PT, não havia escolta policial no momento em que o ônibus foi alvejado. Ninguém ficou ferido. "O que eu estou vendo agora é quase o surgimento do nazismo. O que estamos vendo agora não é política, porque se quisessem derrotar o PT, iriam para as urnas (...) Se eles acham que fazendo isso vão nos assustar, estão enganados. Vai nos motivar. Não podemos permitir que depois do nazismo esses grupos fascistas possam fazer o quiser", disse Lula. "O que nós estamos vendo agora não é política, porque se eles quisessem derrotar a gente, derrotariam nas urnas. Se eles acham que vão nos desanimar, estão enganados. Eu não sou um homem de correr da briga, mas vamos respeitar a democracia nesse país. Temos que saber conviver na adversidade", completou o ex-presidente. Neste momento, a Polícia Civil do Paraná faz perícia nos furos de bala encontrados na lataria do ônibus. Logo após o atentado, a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, denunciou a omissão das autoridades com relação à violência contra a caravana.