Estudo revela que 68% das áreas protegidas na Amazônia estão ameaçadas

No dia mundial do Meio Ambiente, estudo feito por rede de pesquisadores da região amazônica aponta que 309 milhões de hectares da floresta estão ameaçados. No Brasil, a principal causa é a mineração, mas o aumento recente no número de desmatamentos preocupa

Foto: Arquivo/WWF
Escrito en BRASIL el
Levantamento feito pela Rede Amazônica de Informação Ambiental Georreferenciada (Raisg), composta por pesquisadores de seis países da região, mostra que cerca de 68% das áreas de proteção ambiental e territórios indígenas da Amazônia estão sob ameaça. Segundo o estudo divulgado pela BBC Brasil, de um total de 847 milhões de hectares da chamada Pan-Amazônia (dividida entre Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), cerca de 390 milhões de hectares são dedicados à conservação ambiental e a territórios indígenas. A Raisg, coordenada pela ONG Instituto Socioambiental, coletou dados de governos e informações de imagens de satélite e analisou os impactos de seis fatores: estradas, hidrelétricas, mineração, extração de petróleo, queimadas e desmatamentos. À BBC, a pesquisadora Júlia Jacomini destacou a correlação entre as causas: "O que mais chama atenção é que 43% das áreas protegidas e 19% dos territórios indígenas estão ameaçadas por três ou mais destes". No Brasil, a mineração foi identificada como a principal ameaça à floresta, com 108 mil hectares dedicados a esse fim (75% do total de toda a região), mas também foi ligado um alerta quanto ao desmatamento. Apesar do ritmo ter diminuído cerca de 74% desde 2004, foi notado um aumento de 13,7% no último ano.