Filha de Belchior se entrega à polícia e confessa participação na morte de suspeito de pedofilia

Isabela Menegheli Belchior e sua esposa, Jaqueline Priscila Dornelas Chaves, são suspeitas de terem armado uma emboscada, disfarçada de programa sexual, para extorquir um homem acusado de pedofilia

Reprodução/EPTV
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Suspeita de participar do assassinato de um homem acusado de pedofilia, Isabela Menegheli Belchior, que é filha do cantor Belchior, morto em 2017, se entregou à Polícia Civil de São Carlos (SP) nesta quinta-feira (14) e confessou participação no crime.

Ela se apresentou junto com sua esposa, Jaqueline Priscila Dornelas Chaves. Ambas são suspeitas, segundo a Polícia, de terem armado uma emboscada, junto a outros dois homens que estão foragidos, para extorquir Leizer Buchiwieser dos Santos, acusado de pedofilia. O crime aconteceu em agosto de 2019.

Segundo as investigações, Santos teria marcado um programa sexual com Jaqueline e pedido para que ela levasse uma criança de 3 anos, que seria sua sobrinha. O objetivo de Jaqueline, Isabela e os outros dois homens seria extorquir o metalúrgico diante do flagrante crime de pedofilia.

"Sabiam que a vítima queria cometer um crime e extorquiram a vítima no local e se apropriaram do dinheiro", disse o delegado responsável pelo caso, Gilberto de Aquino.

No encontro, o casal de mulheres teria começado a xingar Santos após se apossar de uma quantia de dinheiro dele. O suspeito de pedofilia, então, teria as agredido, e os outros dois homens que estavam com elas, escondidos, apareceram e esfaquearam o metalúrgico.

O corpo do homem foi encontrado em uma mata no dia 1ª de setembro de 2019, com as mãos e pés amarrados, e seu carro carbonizado em um canavial.

À Polícia, as duas mulheres confessaram o crime, mas informaram que a criança de três anos solicitada pelo homem não foi levada para o encontro e que elas não praticaram extorsão.

"As acusadas esclarecem qual foi a participação de cada um no crime imputado e como se deu a dinâmica de todo esse caso. Esclarecem também que em nenhum momento a criança apontada nas investigações esteve presente dentro desse imóvel. Ela [a criança] apenas é mencionada, mas em nenhum momento essa criança teve contato com a vítima ou teve acesso ao interior do imóvel onde ocorreu o crime", disse a advogada da filha de Belchior.

"No dia dos fatos, se encontraram em um posto de gasolina e a acusada dispensou a vítima proferindo, inclusive, alguns xingamentos, e após, deixou sua esposa em casa e saiu com sua sobrinha. A vítima seguiu Isabela e invadiu a casa onde ela estava e passou a agredi-la, a qual usou uma faca para se defender. Sendo que Jaqueline somente tomou conhecimento do ocorrido quando tudo já tinha acontecido. Importante acrescentar que em momento algum foi subtraído qualquer quantia ou objeto da vítima", completou a defensora.

As duas suspeitas cumprirão prisão temporária por 30 dias e a Polícia deve solicitar, após esse prazo, a prisão preventiva.

*Com informações do G1