Homem quebra braço e dá joelhada no rosto de funcionária que pediu para ele usar máscara

"Eu vi a morte, sabe? Eu pensava na minha mãe, nos meus filhos, e eu não acreditava mais que eu ia sobreviver”, disse a funcionária da padaria

Foto: Reprodução TV Tem
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Após pedir para um cliente usar a máscara de proteção contra a Covid-19, a funcionária de uma padaria de Palmares Paulista (SP) teve o seu braço quebrado por ele, na última sexta-feira (11), além de levar uma joelhada no rosto. O homem ainda bateu no dono do estabelecimento.

A vítima afirmou ainda que o cliente, um ajudante de motorista de 45 anos, chegou à padaria com a máscara na altura do queixo e ficou nervoso depois de ser advertido para usar o equipamento de forma correta.

Ele invadiu a área onde ficam os funcionários. Ela então saiu correndo, mas foi seguida e agredida com uma rasteira e um chute em um dos braços.

Em entrevista à TV Tem, afiliada local da TV Globo, a vítima, identificada como Adriana Araújo, de 38 anos, mostrava hematomas no rosto e o braço imobilizado, depois de uma cirurgia para colocação de uma placa. Ela contou que pensou que não iria escapar viva da situação.

"Eu vi a morte, sabe? Eu pensava na minha mãe, nos meus filhos, e eu não acreditava mais que eu ia sobreviver, porque tinha muita gente olhando e ninguém fazia nada. Aí eu caí, fiquei zonza, vi sangue saindo da minha boca, e falei: 'agora vou morrer, não tem jeito mais'", afirmou.

Ela conta que conseguiu se levantar e correr até outra padaria, onde o homem a agrediu com uma joelhada no rosto, além de bater no dono do estabelecimento.

Testemunhas que presenciaram a confusão ficaram revoltados, agrediram o cliente e acionaram a Polícia Militar.

A vítima foi socorrida e encaminhada para um hospital de Catanduva, onde precisou ser submetida a uma cirurgia, por conta de uma fratura em um dos braços. Ela recebeu alta no domingo (13).

De acordo com o boletim de ocorrência, o agressor foi levado para o pronto-socorro e, posteriormente, à delegacia. Equipes médicas precisaram usar medicação para acalmá-lo. O homem foi liberado na presença do advogado, mas não prestou depoimento ao delegado de plantão.

O caso foi registrado como lesão corporal pelo plantão da Delegacia Seccional de Catanduva, que solicitou perícia ao Instituto Médico Legal (IML). Após registro da ocorrência, o homem foi solto.

Adriana afirmou à TV Tem que "ele entrou no meu local de serviço, não sei por quanto tempo eu vou ficar nessa situação, e enquanto eu estava no hospital passando dor, sofrendo, ele estava na casa dele. Então não é justo, eu quero justiça".

Com informações do G1