Índice de mortalidade infantil volta a preocupar

Número de mortes entre crianças de um mês a quatro anos aumentou 11%; já o número de mortes entre um mês de vida e um ano de idade também cresceu no Brasil em 2016, cerca de 2%

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[caption id="attachment_133420" align="alignnone" width="983"] Foto: Divulgação/Pastoral da Criança[/caption] De acordo com dados do Observatório da Criança e do Adolescente, mantido pela Fundação Abrinq, os índices de mortalidade infantil cresceram, depois de mais de uma década de melhoras significativas. Reportagem de Ligia Guimarães e Catherine Vieira, do Valor mostra que essa mudança no cenário. O levantamento mais recente é de 2016 e o número de mortes entre crianças de um mês a quatro anos aumentou 11%. Já o número de mortes entre um mês de vida e um ano de idade também cresceu no Brasil em 2016, cerca de 2%. Alguns fatores têm sido apontados como causas do problema: recessão econômica, escassez de recursos públicos, seca no Nordeste e cortes em determinados programas sociais, segundo a Abrinq, como Rede Cegonha, voltado às mães no pré-natal, parto e nascimento, além do desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida. O Programa Nacional de Alimentação (Pnae), em que o governo federal repassa aos estados recursos para assegurar a alimentação na escola para alunos da educação pública diminuiu a verba. A situação da desnutrição infantil também piorou. O percentual de crianças menores de cinco anos desnutridas aumentou de 12,6% para 13,1% de 2016 para 2017, segundo informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), reunidos pela Fundação Abrinq.