MP-RJ pede prisão preventiva da ex-deputada Flordelis

A medida foi tomada no mesmo dia em que a defesa ingressou com pedido de habeas corpus, justamente para tentar evitar a detenção

Flordelis - Foto Michel Jesus/Câmara dos Deputados
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu, nesta sexta-feira (13), a prisão preventiva da ex-deputada Flordelis (PSD-RJ), que teve seu mandato cassado pela Câmara na quarta (11).

A medida foi tomada no mesmo dia em que a defesa ingressou com pedido de habeas corpus (HC), justamente para tentar evitar a prisão.

“Com a perda do mandato de parlamentar, a situação jurídica da ré deve ser revista, para sanar a desproporcionalidade que havia entre as medidas cautelares impostas e os fatos imputados e as condutas que a ré praticou para interferir na instrução e se furtar no momento da aplicação da lei penal”, aponta o pedido de prisão encaminhado à 3ª Vara Criminal de Niterói.

O MP-RJ afirma, ainda, que, “além da gravidade da conduta criminosa, a ex-deputada, poucos dias após o homicídio, orientou os demais corréus para que o celular da vítima fosse localizado e suas mensagens comprometedoras fossem apagadas, bem como que fossem queimadas as roupas com possíveis vestígios forenses”.

O MP destaca, também, que Flordelis “providenciou treinamento a réus e testemunhas que foram intimadas para prestarem depoimento em sede policial, solicitando que testemunhas mentissem à polícia e alterassem versões já fornecidas, assim como, por repetidas vezes, descumpriu a medida cautelar de monitoramento eletrônico”.

A denúncia diz, ainda, que a ex-deputada financiou a compra da arma utilizada no assassinato e avisou da chegada da vítima no local em que ela foi executada.

O motivo do crime, conforme a denúncia seria o fato de Anderson Gomes, marido de Flordelis, adotar controle rígido das finanças familiares, “não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família”.

A morte

Em agosto de 2020, a então deputada e mais dez pessoas foram denunciadas pelo assassinato de Anderson, em 2019. À época, Flordelis não teve prisão pedida por ter imunidade parlamentar.

Ela foi denunciada por arquitetar o homicídio, convencendo o acusado de ser o executor direto do crime (seu filho Flávio dos Santos Rodrigues) e os demais acusados, a participarem do assassinato sob a simulação de ter acontecido um latrocínio.

Com informações do G1