Neto de Getúlio Vargas é encontrado morto com um tiro na cabeça

Delegada do caso diz não haver dúvida que foi suicídio. Neto do ex-presidente é o terceiro descendente direto a tirar a própria vida.

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Delegada do caso diz não haver dúvida que foi suicídio. Neto do ex-presidente é o terceiro descendente direto a tirar a própria vida. Da Redação* Getúlio Dornelles Vargas, pecuarista e neto do ex-presidente Getúlio Vargas foi encontrado morto nesta segunda-feira (17), em Porto Alegre. De acordo com a delegada Roberta Bertoldo, responsável pelo caso, ele se suicidou com um tiro na cabeça. O corpo foi encontrado por volta das 9h por uma funcionária que trabalha no apartamento onde Getúlio morava, no bairro Moinhos de Vento, Zona Norte da capital gaúcha. "Pelas circunstâncias do fato, não há nenhuma dúvida que ele tenha efetuado um disparo contra si mesmo", disse a delegada. De acordo com Roberta, Getúlio deixou uma carta de despedida para a família. Ela destaca que dificilmente as causas da morte serão conhecidas. "Quando se trata de suicídio, dificilmente conseguimos apurar causas. Pessoas que tiram a própria vida geralmente têm alto grau de depressão. No caso dele se evidenciou essa questão da depressão por conta de algumas coisas que percebemos", afirmou. Vargas Neto era filho de Manuel Antônio Sarmanho Vargas, morto aos 79 anos. Um dos cinco filhos de Getúlio - que se suicidou em 1954, aos 72 anos - Maneco, como era conhecido, tirou a própria vida em 1997, no interior do Rio Grande do Sul. O neto de Getúlio Vargas morava com uma filha, que está viajando. Ele deixa quatro filhos. A notícia da morte surpreendeu o advogado Christopher Goulart, neto do ex-presidente João Goulart, que chegou a conviver com Getúlio. "É claro que me surpreendi, é uma notícia trágica. Da minha parte, só posso desejar força aos familiares. Nossas famílias têm uma relação histórica", disse Goulart. Ex-presidente Getúlio Vargas O ex-presidente Getúlio Vargas governou o país em dois períodos. O primeiro período, de 15 anos ininterruptos, foi de 1930 até 1945. No segundo período, em que foi eleito por voto direto, governou por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se suicidou, com um tiro no peito, em seu quarto, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital federal. *Com informações do G1 e do Estadão Foto: Reprodução RBS TV