O 7 de Setembro em que a PM bombardeou palhaços e afanou bandeiras

PMs afanaram bandeira do Brasil para impedir que fosse pisada em ato e tentaram apreender bandeira anarquista de uma jovem.

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PMs afanaram bandeira do Brasil para impedir que fosse pisada em ato e tentaram apreender bandeira anarquista de uma jovem. Da Redação* As ruas ao redor da Praça Roosevelt, na região central de São Paulo, conheceram um Dia da Independência bem diferente no 7 de setembro deste ano. Começou com a chegada de uma manifestação de grupos antifascistas, anarquistas e comunistas contra o significado nacionalista da data. Continuou com a entrada de manifestantes vestidos de palhaços, que irritaram a PM ao tentar furar um cordão de policiais ao redor do protesto. Prosseguiu com os policiais atacando com bombas e gás lacrimogêneo os palhaços antifascistas e quem mais estivesse na rua. Desembocou nas cenas de membros da Polícia Militar do Estado de São Paulo afanando uma bandeira do Brasil para impedir que fosse pisada pelos manifestantes e tentando impedir que uma mulher desfilasse com uma bandeira anarquista. E terminou com a mais nova detenção de uma jovem que em pouco mais de um ano já amargou uma dezena de detenções em protestos, nenhuma delas com motivação clara. Com o lema “autonomia ou morte”, o protesto dos antifascistas e anarquistas saiu do Theatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo, por volta das 17h, passou pela Praça da República e chegou à Rua da Consolação, diante da Praça Roosevelt. Segundo os manifestantes, a intenção do grupo era chegar à Avenida Paulista, onde pretendia “melar” um ato convocado pela frente Vem Pra Rua. Nesse momento, chegaram os palhaços. A molecada com nariz vermelho e cara pintada fazia parte de uma ala do protesto que havia ficado para trás e agora buscava se juntar aos demais. Só que, entre os palhaços e os outros manifestantes, reunidos diante da Igreja da Consolação, havia um cordão de policiais militares. Quando os palhaços anarquistas tentaram passar por ali, nenhum dos PMs riu. Houve discussão, depois bate-boca, até que por fim os policiais encerraram o debate argumentando com bombas e gás lacrimogêneo disparados sobre os palhaços, os outros manifestantes e quem mais passasse por ali. *Com informações da Ponte Direitos Humanos Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo