Para MTST, solução para famílias de ocupação no ABC é fortalecer Minha Casa Minha Vida

Desde o início do mês, o movimento ocupa terreno ocioso de 70 mil metros quadrados em São Bernardo do Campo; ocupação foi atacada no fim de semana.

Escrito en BRASIL el
Desde o início do mês, o movimento ocupa terreno ocioso de 70 mil metros quadrados em São Bernardo do Campo; ocupação foi atacada no fim de semana. Da Redação* O governo de Michel Temer vem destruindo todos os programas sociais criados e aperfeiçoado ao longo das gestões de Lula e Dilma Rousseff. Um dos projetos mais afetados pela política de cortes do peemedebista é o Minha Casa Minha Vida. A falta de política habitacional é um dos maiores problemas enfrentados pela população urbana, como é o caso das 7 mil famílias da Ocupação Povo sem Medo, de São Bernardo do Campo, na região da Grande São Paulo. Há mais de duas semanas acampados em um terreno ocioso, as famílias esperam posicionamento da prefeitura. A assessoria do tucano Orlando Morando já avisou que ele "não está disposto a negociar com este movimento de invasão". Apesar de a prefeitura ter um programa habitacional próprio, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) defende que ele não contempla as quase 100 mil famílias que esperam por moradia na cidade. Nesse sentido, Andreia Barbosa, coordenadora do MTST, destaca que a proposta do movimento é fortalecer o programa federal Minha Casa Minha Vida, "porque ele atenderia à demanda da população em São Bernardo e região". Com o objetivo de protestar contra os cortes no programa Minha Casa Minha Vida e fortalecer a pauta de moradia, o MTST vai realizar, nesta terça-feira (19), uma manifestação em frente à Estação da Luz, no centro de São Paulo. A ocupação em São Bernardo do Campo gerou episódios de intolerância de vizinhos de condomínios do entorno. No sábado (16), tiros de arma de fogo foram disparados contra a ocupação. Andreia revela que "o tiro veio da direção dos apartamentos". No momento dos disparos, "os companheiros estavam construindo um banheiro comunitário para a ocupação quando um tiro acertou um rapaz". O rapaz é Audinei Serapião da Silva. Ele foi encaminhado ao Pronto Socorro Central da cidade e já recebeu alta. A Polícia Civil está investigando o caso. No último domingo (17), o movimento organizou um ato na ocupação contra a agressão, que contou com a presença de militantes e políticos, como o vereador de São Paulo Eduardo Suplicy e o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP). *Com informações do Brasil de Fato Foto: Divulgação/MTST