"População sabe o valor das empresas públicas, mas Bolsonaro insiste em passar a boiada", diz presidente da Fenae

Pesquisa Fórum desta semana revelou que a maioria dos brasileiros rejeita a privatização da Caixa, Banco do Brasil e Petrobras

Foto: Agência Brasil
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O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, afirmou em entrevista à Fórum nesta quinta-feira (23) que não vê com surpresa a rejeição da maioria da população sobre a privatização da Caixa e outras estatais.

Para Takemoto, é surpreendente, no entanto, a persistência do governo em continuar com os projetos de privatização mesmo em meio à pandemia do coronavírus.

"A população entende a importância das empresas públicas, principalmente da Caixa. Isso não foi uma surpresa. O que surpreende é que o presidente da Caixa [Pedro Guimarães] persiste na privatização em meio à pandemia", disse.

"Isso ocorrer durante a pandemia reflete o que foi dito na reunião ministerial, que iriam 'passar a boiada'. O governo continua fazendo sua agenda neoliberal, sem propostas de retomada do país, e a única proposta que ele tem é da privatização. O governo é uma grande decepção, os empregados da Caixa estão extremamente preocupados, a privatização vai gerar uma grande perda para os funcionários e para a população", continuou.

De acordo com a Pesquisa Fórum divulgada na terça-feira (21), a empresa pública que tem a maior rejeição contra a privatização é a Caixa, com 60,6%. A favor são 39,4%. Em relação ao Banco do Brasil, 57,8% rejeitam a sua privatização.

Para Takemoto, o resultado da pesquisa evidencia o reconhecimento da população em relação à importância de programas sociais que são financiados através da Caixa, como Fies, Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.

"Vemos com grande satisfação essa pesquisa, porque mesmo com Pedro Guimarães mandando as pessoas irem às agências bancárias em meio à pandemia, para resolver problemas do auxílio emergencial, a população reconhece a importância da Caixa, da Caixa como 'o banco do Fies', dos programas sociais, que atende a maioria da população", finaliza.