O Tribunal de Contas da União determinou nesta quarta-feira (13) que o Ministério da Defesa cobre a devolução do auxílio emergencial obtido de forma irregular por militares.
O benefício de R$ 600 é oferecido a trabalhadores informais e desempregados. Cerca de 190 mil oficiais da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados receberam o benefício.
Segundo a jornalista Daniela Lima, da rede CNN Brasil, 70 mil teriam recebido de forma irregular e terão que ressarcir os cofres públicos.
De acordo com a jornalista, o ministro Bruno Dantas, do TCU, atendeu a um pedido da Procuradoria de Contas e determinou ainda que os ministérios da Defesa e da Cidadania informem sobre as investigações de possíveis "faltas funcionais dos militares que solicitaram deliberadamente o recebimento do auxílio".
Dantas ainda pediu que o Ministério da Cidadania investigue se há funcionários públicos civis recebendo o auxílio indevidamente.
Em nota divulgada na segunda-feira, o Ministério da Defesa afirmou que "foi identificada, com o apoio do Ministério da Cidadania, a possibilidade de recebimento indevido de valores referentes ao auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal no período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, por integrantes da folha de pagamentos deste Ministério”.
Ainda há uma longa fila de trabalhadores aguardando a liberação do benefício. Cerca de 17 milhões de brasileiros ainda aguardam uma resposta sobre a solicitação.