Tragédia humana deve ser maior que a de Mariana, diz presidente da Vale sobre desastre em Brumadinho

“No momento do acidente, tínhamos aproximadamente 300 funcionários no local. Nós não sabemos quantos estão soterrados”, declarou Fabio Schvartsman

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[caption id="attachment_165279" align="alignnone" width="640"] Foto: Reprodução/TV Globo[/caption] O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, presidente da Vale, afirmou, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (25), que a barragem que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava inativa e sem receber rejeitos há três anos. Por conta disso, ele acredita que o desastre ambiental será menos grave, mas a “tragédia humana” será muito maior do que em Mariana, que registrou 19 mortes, de acordo com informações de Nicolás Satriano, do G1. “A maioria dos atingidos é de nossos próprios funcionários. No momento do acidente, tínhamos aproximadamente 300 funcionários no local. Nós não sabemos quantos estão soterrados”, declarou Schvartsman. Alguns tópicos da entrevista: o rompimento foi na barragem da Mina Córrego do Feijão; outra barragem abaixo dela transbordou devido ao aumento repentino do volume; a barragem estava sem receber rejeitos há três anos, o que reduz o desastre ambiental; não sabe se a sirene tocou e, mesmo que tivesse tocado, não teria dado tempo de os funcionários escaparem; 10 de janeiro foi feita última leitura monitores da barragem; o relatório de auditoria feita por uma empresa alemã foi feita em setembro e considerou a barragem estável. "Desta vez é uma tragédia humana. Porque estamos falando de uma quantidade grande de vítimas. Possivelmente, o dano ambiental é menor”, enfatizou o presidente da Vale. A barragem que se rompeu foi a da Mina Córrego do Feijão. Outra, localizada abaixo dela, transbordou, em consequência do aumento do volume. Segundo ele, vazaram 12 milhões de metros cúbicos. Número de vítimas Forças de segurança e resgate já trabalham com a possibilidade de que o número de vítimas em Brumadinho chegue a 300, segundo a CBN. As buscas podem demorar até seis dias.