Vale questionou sobre rota de fuga em novembro, afirma moradora de Brumadinho

“Nós perguntamos se existia risco de aquilo acontecer. Disseram que não, que era uma medida preventiva", relata a agricultora Soraia Aparecida Campos Nunes. Ela e a família perderam a horta que garantia sua subsistência

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A agricultora Soraia Aparecida Campos Nunes, moradora do Parque das Cachoeiras, um bairro rural na cidade de Brumadinho, Minas Gerais, afirmou que técnicos da Vale visitaram a chácara onde ela mora em novembro do ano passado. Na ocasião, afirma Soraia, questionaram se ela e a família tinham uma rota de fuga caso a barragem rompesse. “Nós perguntamos se existia risco de aquilo acontecer. Disseram que não, que era uma medida preventiva. Mas com certeza eles já sabiam”, acredita ela, que nesta quarta-feira (13) participou de reunião da comissão geral sobre a tragédia na Câmara dos Deputados. Leia também: Parlamentares não entram em acordo sobre CPI para investigar Brumadinho Soraia e a família, cuja casa fica em uma região alta, seguem morando no Parque das Cachoeiras, mas perderam a horta que garantia sua subsistência. Na sessão, a agricultora, membro do Sindicato Rural de Brumadinho e representante da Associação de Moradores do Parque das Cachoeiras, pediu que os deputados não permitam que a Vale saia impune. Fórum procurou a assessoria de comunicação da Vale e questionou a empresa sobre o episódio relatado pela moradora. A empresa ainda não respondeu o contato. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.