Viúva de Marielle deve receber proteção à sua vida, decide CIDH

Paulo Abrão, secretário-executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, informou que o pedido de proteção a Mônica Benício, viúva de Marielle Franco foi aceito e comunicado às entidades brasileiras competentes

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Em razão de ameaças sofridas nos últimos dias, Monica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco, acionou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para solicitar proteção. O mecanismo está previsto nos tratados internacionais que o Brasil assinou para fazer parte do organismo internacional. Neste domingo (5) Paulo Abrão, secretário-executivo da entidade, informou que o pedido foi aceito e comunicado às entidades brasileiras competentes - isso inclui a Comissão Externa de acompanhamento do caso, instalada no Congresso e presidida pelo deputado Jean Wyllys (Psol-RJ). Com o pedido, as autoridades nacionais são obrigadas a providenciar proteção à viúva de Marielle. Segundo o parlamentar, serão acionados os Ministérios da Justiça e da Segurança Pública, o Gabinete de Intervenção RJ, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e a Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio. Também serão envolvidos no processo algumas entidades da sociedade civil como a Human Rights Watch e os movimentos sociais na cidade do Rio. "As denúncias tornadas públicas por Mônica são gravíssimas e, mais do que correspondentes a uma ameaça a sua vida, são uma afronta a todo estado de Direito, numa tentativa de intimidar o poder da Polícia, do Judiciário, até mesmo da intervenção federal na segurança pública e a todos que se manifestem contra o domínio cada vez maior de facções criminosas em relacionamento explícito com o Estado brasileiro", disse Jean em seu Facebook.