Zema mente e faz terrorismo com polícia sobre 450 famílias do MST em Minas

Polícia Militar não deixou o local mesmo após a suspensão da reintegração de posse e deu continuidade na ação

Foto: Gean Gomes/MST
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi às redes sociais na noite desta quarta-feira (12) para denunciar que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), mentiu sobre a suspensão da reintegração de posse no acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Sul do estado.

De acordo com o movimento, a Polícia Militar não deixou o local mesmo após a suspensão e deu continuidade na ação de despejo de 450 famílias que vivem no acampamento.

"Despejo no Quilombo Campo Grande, no Sul de Minas, continua nesta quinta-feira. Embora o governo Zema tenha anunciado a suspensão do despejo as tropas da Polícia Militar permanecem na área dando continuidade na ação", escreveu o MST no Twitter.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais havia divulgado, na tarde desta quarta, uma nota oficial em que afirmava a suspensão da reintegração de posse no local. A nota chegou a ser compartilhada por Zema no Twitter.

https://twitter.com/MST_Oficial/status/1293850916416872449

O acampamento Quilombo Campo Grande foi erguido há mais de 20 anos nas terras da antiga Usina Ariadnópolis, pertencente à Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia), e que faliu no final da década de 1990. Parte dos antigos trabalhadores da usina, que ficaram sem indenização após a falência da empresa, hoje integram o acampamento.