O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi às redes sociais na noite desta quarta-feira (12) para denunciar que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), mentiu sobre a suspensão da reintegração de posse no acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Sul do estado.
De acordo com o movimento, a Polícia Militar não deixou o local mesmo após a suspensão e deu continuidade na ação de despejo de 450 famílias que vivem no acampamento.
"Despejo no Quilombo Campo Grande, no Sul de Minas, continua nesta quinta-feira. Embora o governo Zema tenha anunciado a suspensão do despejo as tropas da Polícia Militar permanecem na área dando continuidade na ação", escreveu o MST no Twitter.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais havia divulgado, na tarde desta quarta, uma nota oficial em que afirmava a suspensão da reintegração de posse no local. A nota chegou a ser compartilhada por Zema no Twitter.
O acampamento Quilombo Campo Grande foi erguido há mais de 20 anos nas terras da antiga Usina Ariadnópolis, pertencente à Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia), e que faliu no final da década de 1990. Parte dos antigos trabalhadores da usina, que ficaram sem indenização após a falência da empresa, hoje integram o acampamento.