ELEIÇÕES 2022

DataFórum: bolsonarismo intensifica confronto com STF e revela estratégia eleitoral

A revelação de que Bolsonaro está com medo de ser preso caso perca a eleição, também foi destaque no Twitter

DataFórum: bolsonarismo intensifica confronto com STF e revela estratégia eleitoral.Créditos: Nelson Jr./SCO/STF
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Levantamento DataFórum desta quarta-feira (3) mostra que a campanha de Bolsonaro, pelo menos nas redes, tem estabelecido dois eixos que devem servir de base para os dois meses seguintes, que marcam a disputa eleitoral de fato. 

Um deles, que tem sido capitado pelo DataFórum, diz respeito a construção de um discurso em que o ex-presidente Lula fez um grande acordo com banqueiros e que, nesta aliança, está prometido o fim do PIX. 

A segunda vertente do discurso bolsonarista no Twitter é intensificar ataques contra as instituições basilares da democracia do Brasil, com foco no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Este agrupamento obteve 43% das menções. 

O que se observa entre as comunidades lulistas, ao contrário das bolsonaristas, é que elas funcionam motivadas por temas de ocasião. Por exemplo, no levantamento desta terça-feira identifica-se um forte engajamento deste agrupamento a partir da revelação de que Bolsonaro está com medo de ser preso, caso perca a eleição. 

Além disso, também repercutiu muito a informação veiculada pela revista Veja de que setores do bolsonaristas estariam organizando um atentado contra os atos da extrema direita no 7 de setembro como objetivo de jogar a culpa na esquerda e instalar um caos institucional. Essa comunidade teve 41% das citações. 

Foram analisados 584.961 tweets a partir das seguintes autoridades pesquisadas: 'Lula', 'Bolsonaro', 'Ciro', 'Moro', 'Alckmin', 'Eduardo Leite' e 'Simone Tebet'.


Bolsonaristas intensificam ataques contra o STF 


O bolsonarismo voltou a tensionar com o TSE e STF através de ataques aos seus ministros, afirmando que o Presidente é perseguido por eles, com repercussão da fala “Barroso é um criminoso”. 

Novamente foi reforçada a tentativa de apropriação política da criação do PIX pelo Bolsonaro. Michelle Bolsonaro foi elogiada por diversos influenciadores, com a mesma fórmula: de que ela teria o dom da palavra.

 

 

Lulistas repercutem a revelação de que Bolsonaro tem medo de ser preso 

 

O lulismo comemorou bastante o medo de Bolsonaro de ser preso ao deixar a Presidência com diversos tweets afirmando que o Presidente cometeu crimes no exercício do cargo. 

Teve grande repercussão a informação veiculada pela Veja de que setores bolsonaristas poderiam estar planejando atentados, para serem atribuídos ao PT. Também foi destaque a notícia que o pastor da Michelle Bolsonaro é acusado de acobertar um golpe em fiéis.

 

 

Esquerda radical critica Ciro Gomes por fala sobre políticas antirracistas 

 

A esquerda atacou Ciro por ter chamado pautas de minorias de “política de papo-furado” ao criticar um possível governo Lula. Ciro disse isso num contexto em que descrevia o que seria o terceiro mandato de Lula, em sua opinião. 

O destaque principal da comunidade, no entanto, foi a descoberta por setores de inteligência de que bolsonaristas estariam armando auto atentados para culpabilizar a esquerda no 7 de setembro.

 

 

Ciro Gomes reforça que sua candidatura "é pra valer" 

 

Ciristas, capitaneados pelo próprio Ciro, destacaram o que seria um plano de banqueiros para tirar dinheiro dos mais pobres. Ciro afirmou que sua candidatura é pra valer. 

Destaques também argumentaram que Ciro Gomes tem programa de governo e que isso é importante para elevar o nível do debate. 

 

 


Lavajatistas sonham com eleição de Moro ao Senado 


A comunidade formada por lavajatistas teve como destaques principais Moro e sua esposa, Rosângela. 

Eles atacam Lula e o PT, afirmando que apesar da UB ter desistido da candidatura para presidência, jamais apoiariam Lula e o PT. Ainda há destaque para o lançamento da candidatura de Moro ao Senado pelo Paraná.