Bolsonaro escolhe militar para chefiar comitê do coronavírus

Ministro da Casa Civil foi o escolhido para coordenar o grupo

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O presidente Jair Bolsonaro criou um comitê para administrar a crise devido à expansão do coronavírus no Brasil. O escolhido para coordenar o grupo foi o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto. A decisão foi divulgada em edição especial do Diário Oficial da União, no fim da noite desta segunda-feira (16). O comitê contará com 22 membros, sendo 17 ministros, que coordenarão as ações governamentais direcionadas ao combate da expansão do coronavírus. Também estão no grupo os presidentes da Caixa, do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e um membro da coordenação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública. Empossado em fevereiro, Braga Netto coordenou a segurança nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, atuou no Timor Leste como observador militar da ONU e foi chefe do Estado-Maior do Exército. Segundo Bolsonaro, a sua escolha para o cargo na Casa Civil se deu para "fortalecer as relações com o Congresso". O general entrou no lugar de Onyx Lorenzoni, quando esse foi transferido para a Cidadania, para cobrir a demissão de Osmar Terra. O comitê criado por Bolsonaro deve atuar em parceria com o Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional, criado por decreto em janeiro e coordenado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ainda nesta terça-feira (17), Bolsonaro questionou Mandetta pela relação com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “O Mandetta, o que você está fazendo aí ao lado desse Doria”, disse o presidente, após divulgação de fotos em que o ministro aparecia discutindo as questões do coronavírus com o governador paulista. Mandetta justificou estar "apenas cumprindo com minhas obrigações” como ministro da Saúde.