Com 89% das UTIs ocupadas, seis dos 20 hospitais municipais de SP deixam de receber pacientes com Covid-19

Na rede do governo do Estado, que é complementar à da Prefeitura, já há dez centros médicos com uma ocupação superior a 90%, e cinco deles também já atingiram a lotação máxima

João Doria e Bruno Covas visitam Hospital de campanha no Pacaembu (Foto: Govesp)
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Com 89% dos leitos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) ocupados, a capital paulista vive um cenário cada dia mais preocupante para tratamento de pacientes com Covid-19.

Nesta quarta-feira (13), seis dos 20 hospitais municipais deixaram de receber pacientes em suas UTIs por terem atingido a lotação máxima ou por estarem muito próximos da sua lotação.

Na rede do governo do Estado, que é complementar à da Prefeitura, já há dez centros médicos com uma ocupação superior a 90%, e cinco deles também já atingiram a lotação máxima.

Dos seis centros que não estão mais recebendo pacientes, dois (o Hospital Inácio Proença de Gouvêa, da Mooca, e o Hospital Planalto, de Itaquera, ambos na zona leste) atingiram a lotação máxima. Já os Hospitais Saboya, no Jabaquara, zona sul, Doutor José Soares Hungria, de Pirituba, e Vereador José Storopolli, da Vila Maria (os dois da zona norte) e o Hospital Municipal de Cidade Tiradentes, na zona leste, estão perto de atingir a lotação, e devem ficar sem novos pacientes ao menos até o fim de semana, para ganhar fôlego.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, “a situação está se agravando muito”.

“Nesses hospitais, a regulação (o departamento que determina para onde vai cada paciente que precisa de vaga) não manda mais para lá (esses seis hospitais)”, disse. “Isso vai acontecer enquanto a gente não abre leitos próprios. A gente vai direcionando para os hospitais que têm vaga ou para essas parcerias”, afirmou, referindo-se a um total de 208 leitos de hospitais privados que já estão sendo usados pelo SUS.

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