Uma pesquisa feita por um grupo ligado ao Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que grande parte dos municípios enfrentaria falta de leitos de UTI mesmo com taxas de infecção baixas do coronavírus.
O levantamento projeta um cenário em que 0,1% da população (210 mil pessoas) contrairia o vírus em um mês. Neste caso, faltariam leitos para o atendimento dos casos mais graves em 44% das regiões em que o Sistema Único de Saúde (SUS) agrupa os municípios do país.
Em um segundo cenário, desta vez mais pessimista, o contágio atingiria 1% da população em um mês. Com isso, os hospitais de 95% das regiões ficariam sobrecarregados. Ainda, 51% das regiões não teria aparelhos de ventilação pulmonar suficientes para auxiliar os doentes.
O país tem apenas 33 mil leitos de UTI disponíveis no SUS e em hospitais particulares. A distribuição também é desigual, com maior carência no Norte e Nordeste.
Na cidade de São Paulo, epicentro da doença no país, faltariam leitos comuns e leitos de UTI a partir da segunda quinzena deste mês. A prefeitura da capital paulista anunciou essa mesma previsão nesta quinta.
As estatísticas do Ministério da Saúde apontam 7.910 casos confirmados até esta quinta-feira (2), mas há evidências de que muitos casos não têm sido notificados por falta de testes.
Com informações da Folha de S.Paulo.