Coronavírus: OMS considera o direito ao aborto "essencial" durante pandemia

Ativistas "pró-vida" se posicionaram contra a recomendação da Organização Mundial de Saúde

Reprodução/Facebook
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Em um comunicado publicado no último sábado (4), a Organização Mundial da Saúde colocou o aborto como procedimento essencial durante a pandemia do novo coronavírus.

"Os serviços relacionados à saúde reprodutiva são considerados parte dos serviços essenciais durante o surto de COVID-19. Isso inclui métodos contraceptivos, cuidados de saúde de qualidade durante e após a gravidez e o parto e aborto seguro em toda a extensão da lei", diz trecho do documento, que se refere às leis americanas, onde o aborto é legalizado em vários estados. Ainda assim, os estados mais conservadores como Texas, Mississippi, Ohio, Oklahoma, Indiana e Iowa ignoraram a recomendação, declararam o aborto como não-essencial e proibiram esses procedimentos para preservar os equipamentos de proteção.

Ativistas "pró-vida" se posicionaram contra a recomendação da OMS. Uma delas, presidente da "Estudantes pela Vida na América" Kristan Hawkins, disse que o aborto não traz qualquer benefício para as mulheres.

"As mulheres precisam de muitas coisas para prosperar: educação, tratamento igual nos termos da lei, igualdade econômica. O aborto não é o que fortalece as mulheres", disse a pró-vida em entrevista ao canal Fox News.

Já a Dra. Antonella Lavanet, representante da OMS, durante conferência “Covid-19: Quais são as implicações para a saúde sexual e reprodutiva, organizada pela ONG "Sexual and Reproductive Health Matters", declarou que “o aborto, como outros serviços de saúde reprodutiva e sexual, é essencial”, em resposta a governos que estão tentando se aproveitar da epidemia para desvalorizar esse serviço e barrar esse direito.

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