Cuba recebe pedidos de 45 países de medicamento Interferon, considerado o mais efetivo contra o coronavírus

Centro Nacional de Biopreparações do país comunista anunciou um aumento da produção para atender a demanda pelo remédio, que mostrou seus primeiros bons resultados no tratamento de pacientes na China

Produção do Interferón, medicamento que combate o coronavírus, no BIOCEN de Cuba (foto: Ricardo López Hevia/Granma)
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O BIOCEN (Centro Nacional de Biopreparações de Cuba) anunciou neste domingo (29) que aumentará a produção do antiviral Interferón Alfa 2B, medicamento considerado o mais eficaz até o momento para tratar pacientes com covid-19.

Segundo as autoridades cubanas, o país recebeu pedidos de 45 países, que querem utilizá-lo no combate à pandemia.

A cientista cubana Tamara Lobaina Rodríguez, diretora do BIOCEN, afirma que o país terá condições de exportar grandes quantidades do medicamento já em meados de abril.

Em entrevista ao jornal local Granma, ela ressaltou que “teremos que aumentar a produção do Interferón esta semana, para poder arcar com o aumento da demanda, e novos pedidos que podem chegar nos próximos dias, mas vamos priorizar também o cuidado em garantir também a qualidade do produto que exportamos, para que tenha a efetividade que demonstrou na China”.

A declaração de Lobaina Rodríguez faz referência ao fato de que o Interferón começou a ser usado em pacientes com coronavírus quando a delegação de médicos cubanos chegou à China, no final de janeiro, para ajudar na crise de saúde.

Foram esses médicos cubanos que começaram a usar esse antiviral em alguns pacientes, e tiveram resultados muito positivos, ajudando a China a recuperar muitos pacientes.