Deputados bolsonaristas que invadiram Anhembi são registrados em B.O. com infração de medida sanitária

Código Penal prevê detenção de um mês a um ano e multa por risco de propagação de doença contagiosa

Coronel Telhada (Reprodução)
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A Polícia Civil registrou boletim de ocorrência nesta quinta-feira (4) sobre a invasão do hospital de campanha do Anhembi por deputados estaduais de São Paulo como infração de medida sanitária preventiva, artigo 268 do Código Penal.

De acordo com o artigo, que trata da infração de determinação do poder público destinada a impedir propagação de doença contagiosa, os deputados podem pegar detenção de um mês a um ano e multa.

O boletim de ocorrência, feito a partir de depoimento de João Guilherme Moura, gerente administrativo do Iabas (empresa que administra o hospital de campanha), diz que os deputados Adriana Borgo (Pros), Marcio Nakashima (PDT), Leticia Aguiar (PSL), Coronel Telhada (PP) e Sargento Neri (Avante), por volta das 14h, "compareceram ao local visando fiscalizar os trabalhos realizados".

O boletim diz ainda que os deputados foram impedidos de entrar, já que não usavam equipamentos exigidos, mas, "mesmo assim acabaram desobedecendo a ordem e filmaram o local, inclusive os pacientes hospitalizados".

Alas ainda não ativadas

A Prefeitura afirmou em nota que “os deputados e assessores invadiram o HMCamp do Anhembi de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente, colocando em risco a própria saúde porque inicialmente não estavam usando EPIs e a própria vida dos cidadãos que estão internados e em tratamento na unidade.”

Ainda de acordo com a gestão municipal, os deputados filmaram as alas do hospital que ainda não foram ativadas “e gravaram pacientes sem autorização prévia, muitos dos quais estavam sendo higienizados em seus leitos”.

Com informações do Painel, da Folha