Estimuladas por Bolsonaro, hidroxicloroquina e ivermectina têm venda dobrada em 2020

Os dois remédios não têm comprovação científica de eficácia para a Covid-19 e seu uso foi desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde

Bolsonaro com uma caixa de cloroquina -Foto: Reprodução
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Defendidos e estimulados por Jair Bolsonaro, desde o início da pandemia, medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina tiveram venda dobrada no Brasil em 2020. Os dois remédios não têm comprovação científica de eficácia para a Covid-19 e seu uso foi desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O sulfato de hidroxicloroquina teve aumento de 107% nas vendas em 2020. No total, foram vendidas 6,38 milhões de embalagens contra 3,08 milhões em 2019.

A ivermectina, por sua vez, teve alta de 74% em 2020: foram 56,8 milhões de embalagens adquiridas contra 32,65 milhões em 2019. O levantamento é do UOL, por meio de informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No dia 1 de março, a OMS reforçou diretriz, solicitando que a hidroxicloroquina não seja utilizada para tratamento preventivo contra a Covid-19.

Estudos clínicos

A orientação é baseada em seis estudos clínicos, com evidências de alto nível, que confirmaram que o medicamento não é eficiente na prevenção à doença.

No mesmo dia, a organização desaconselhou o uso da ivermectina por pacientes infectados pelo coronavírus. A OMS afirmou que as evidências sobre o uso do medicamento no tratamento da Covid-19 são inconclusivas.

Com informações do Poder360