O cacique Paulinho Paiakan, da etnia kayapó e uma das principais lideranças indígenas do país, morreu por coronavírus nesta quarta-feira (17), em Belém.
Segundo a Fórum apurou, o cacique deu entrada no hospital municipal de Redenção com sintomas da Covid-19 na semana passada. Depois de ter o quadro clínico agravado, foi transferido para o Hospital Regional Público do Araguaia (HRR), onde faleceu.
Paiakan teve grande protagonismo na luta indígena do país, em especial na década de 1980. Ao lado do cacique Raoni Metuktire, o indígena realizou diversos protestos contra o avanço da hidrelétrica de Belo Monte naquele período. Ainda, foi uma das principais lideranças do Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989.
O cacique foi condenado em 1998 pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará, por unanimidade, a seis anos de prisão por ter estuprado, em 1992, a estudante Sílvia Letícia Ferreira.
Irekrã, esposa de Paiakan, acusada de ter agredido Letícia para facilitar a ação do marido, também foi condenada a quatro anos de detenção em regime semiaberto.