FMI se nega a prestar ajuda à Venezuela para combater o coronavírus

Fundo Monetário Internacional rejeitou o pedido do presidente venezuelano Nicolás Maduro para adquirir um financiamento de 5 bilhões de dólares para lidar com a epidemia

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O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, anunciou nesta quarta-feira (18), que o FMI (Fundo Monetário Internacional), se negou a entregar ao seu país uma ajuda financeira de 5 bilhões de dólares, que o governo do país pretendia usar no combate à pandemia do coronavírus.

Segundo Arreaza, o governo venezuelano pretendia “fortalecer as capacidades de resposta do sistema de saúde à disseminação do coronavírus, era um pedido para proteger as pessoas”.

O presidente Nicolás Maduro também reagiu, acusando o FMI de ser “um instrumento do próprio diabo”, e assegurando que, enquanto ele for presidente, “a Venezuela não terá mais laços com esta entidade”.

Em maio de 2018, o FMI emitiu uma declaração de censura contra a Venezuela, por não implementar medidas corretivas sugeridas ou fornecer dados financeiros exigidos por essa instituição.

No entanto, no mesmo ano, o organismo financeiro entregou um empréstimo de 57 bilhões de dólares ao governo da Argentina, do então presidente neoliberal Maurício Macri, que utilizou boa parte dos fundos para pagar os chamados “fundos abutre”, especuladores que adquiriram títulos de dívida argentinos.

Atualmente, existem 36 casos confirmados na Venezuela, que estão em quarentena total desde 17 de março. Não foi registrada nenhuma vítima fatal até o momento.