Vários jornais da chamada grande imprensa como O Globo e a Folha de S.Paulo, publicaram, nesta terça-feira (23), anúncio de meia página de um manifesto feito por médicos que apoiam o uso de “tratamento precoce” para a Covid-19.
O anúncio é assinado pela Associação Médicos pela Vida, com sede em Recife (PE). A Associação tem Antonio Jordão de Oliveira Neto como presidente, um notório defensor da cloroquina entre outros medicamentos não aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate ao coronavírus.
O texto do anúncio faz um apelo “à sociedade brasileira, aos colegas médicos, aos órgãos de imprensa, aos Conselhos Regionais de Medicina e ao Conselho Federal de Medicina”, pela aplicação do que eles chamam da “correta combinação de medicamentos como a hidrixicloroquina, a invermecticina, a bromaxina”, entre outros medicamentos, conforme dito acima, não aprovados pela OMS.
A publicação do anúncio causa estranheza, pois tanto a Folha quanto O Globo fazem parte de um consórcio que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. De acordo com os próprios veículos, a iniciativa foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.
Além da Folha e do Globo, fazem parte do consórcio o Extra e o G1, que são do Grupo Globo, o UOL, que é do grupo Folha e O Estado de S. Paulo.