Outra fiscal foi hostilizada no Rio um dia antes do "Cidadão, não. Engenheiro civil, formado”

Público que estava em bar da Barra, aglomerado e sem máscaras, fez coro e destratou a fiscal. Veja o vídeo aqui

Foto: Reprodução
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Um dia antes da agressão ao fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro com a frase "Cidadão, não. Engenheiro civil, formado. Melhor do que você", outra fiscal já havia sofrido xingamentos e chegou a ouvir de um homem que seria demitida. O caso aconteceu também na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na Avenida Olegário Maciel, lugar conhecido por concentrar muitos bares.

A assistente de Coordenação de Fiscalização, Jane Loureiro, que está há 12 anos na Vigilância Sanitária do município, trabalhava na sexta-feira (3). No momento em que ela decidiu que o local deveria ser interditado, ela e sua equipe começaram a ser hostilizados.

"Aí, aconteceu aquele coro. Nós pedimos pra ele [o gerente] interromper o fornecimento de alimentação e que começasse a fechar o estabelecimento para caracterizar que ele ia interromper as atividades, e pedimos que os garçons fossem encerrando as contas", explicou a agente.

Quando os clientes – sem máscara e aglomerados – perceberam que teriam que deixar o espaço, começaram a xingar e a cantar dizendo que não iriam embora do local.

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"(...) Vieram pessoas se aproximando dizendo que eu era uma pessoa ruim, que eu estava tirando emprego dos garçons, comida dos filhos dos garçons, e que o que estava fazendo era maldade. Um se aproximou e falou que o pai dele era procurador, que eu ia perder o meu emprego. Foi muito constrangedor e assustador o nível de agressividade das pessoas."

A fiscal disse ainda que o local "estava com uma ocupação maior do que preconiza, neste momento, o protocolo de prevenção. Aí, nós fomos abordar o gerente, explicamos que não podia e ele não tomou nenhuma medida. Disse que não tinha como conter, como não atender quem chegasse. Diante disso, a gente resolveu que deveria interditar o local porque, no nosso manual, caso a gente encontre [local com aglomeração], aborde o comerciante e ele não tome medidas, a gente tem que partir pra interdição."

Com informações do G1