O deputado Fausto Pinato (PP-SP), presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, rebateu, nesta quarta-feira (5), Jair Bolsonaro, que voltou a atacar o governo chinês. O presidente disse que o país asiático teria utilizado o vírus da Covid-19 como parte de uma “guerra química”.
“Estou preocupado sobre um possível desvio de personalidade da maior autoridade do Brasil. A meu ver, não se trata de uma pessoa irresponsável, desequilibrada e sem noção de mundo. Na verdade, pode tratar-se de uma grave doença mental que faz o nosso presidente confundir realidade com ficção. Penso que estamos diante de um caso em que recomenda-se a interdição civil para tratamento médico. O Brasil agradecerá”, diz a nota da frente, assinada por Pinato.
Nas redes sociais, o deputado postou, além da nota: “Não compactuaremos com afirmações desrespeitosas e irresponsáveis contra a China, que tem sido grande parceira do Brasil na luta contra a pandemia da Covid-19”.
“Nova guerra”
Durante um evento sobre o 5G no Palácio do Planalto, nesta quarta, Bolsonaro, além de voltar a defender o uso da cloroquina para casos de Covid-19, disparou contra a China.
“É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês”, declarou.
Reação
O presidente da CPI do Genocídio, senador Osmar Aziz (PSD-AM), repercutiu durante a sessão do colegiado desta quarta a declaração de Bolsonaro sobre a China e sugeriu que o fato deve piorar a situação do titular do Planalto.
“Acho que essa declaração de hoje vai piorar muito. Hoje foi ruim. Falou em guerra química. E nós estamos nas mãos deles. Não era a hora de cutucar ninguém”, disse o parlamentar.