Prevent Senior tem hospital superlotado e insuficiência de funcionários

A rede foi alvo de fiscalização feita pelas secretarias municipal e estadual de Saúde de São Paulo

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A Prevent Senior, rede de hospitais e planos de saúde, tem superlotação no seu hospital que cuida de doentes de coronavírus, insuficiência de funcionários para lidar com a grave crise gerada pela doença e desorganização no fluxo hospitalar.

A rede foi alvo de fiscalização feita pelas secretarias municipal e estadual de Saúde de São Paulo.

Foram constatados, por exemplo, problemas no encaminhamento dos doentes e procedimentos a partir do momento em que eles dão entrada no hospital Sancta Maggiore com sintomas da doença.

A rede ainda está sendo acusada por familiares de pacientes mortos de não avisá-los da natureza da doença, permitindo o convívio normal entre eles, sem indicação de isolamento, por exemplo.

A fiscalização foi realizada em duas etapas: a primeira, de vigilância epidemiológica, constatou os problemas e a segunda, de vigilância sanitária. Neste caso, a área funcionaria a contento, dentro das regras.

A Prevent Senior afirmou, por meio de nota, na quinta-feira, que "mantém o atendimento aos seus pacientes e parentes de acordo com a sua cultura de acolher e cuidar de pessoas. É incorreta a notícia de que a família de um paciente não tenha sido informada de seu estado de saúde. Providências judiciais serão adotadas contra inverdades proferidas anonimamente por supostos parentes do paciente".

As cinco mortes causadas pelo novo coronavírus confirmadas em São Paulo foram na Prevent Senior. Todas as vítimas eram homens idosos com doenças crônicas e moravam na capital. O caso mais recente é de um homem de 77 anos.

A empresa não respondeu a questionamentos sobre as mortes nem se há ou não funcionários entre as vítimas. Oito colaboradores da operadora estão internados em UTI.

Com informações da coluna de Mônica Bergamo.