Profissionais da saúde marcham na França em protesto contra Macron

Presidente francês teria prometido, no início do surto de coronavírus no país, aumentar o investimento na saúde pública, mas os sindicatos do setor alegam que os recursos nunca chegaram e agora se tornaram urgentes

Protesto de profissionais da saúde na França (foto: Prensa Latina)
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Esta terça-feira (16) está sendo marcada por protestos em várias cidades da França realizadas por profissionais da saúde, que protestam contra o presidente Emmanuel Macron, por falhar em sua promessa de injetar mais investimentos na saúde pública.

No início do surto de coronavírus no país, o presidente francês prometeu que aumentaria os investimentos na saúde pública para melhorar a resposta do país à emergência sanitária. Porém, os sindicatos de médicos e de enfermeiras alegam que esses novos recursos nunca chegaram, e que agora se tornaram urgentes para a nova realidade que o país vive.

De acordo com a imprensa local, mais de 50 cidades estão tendo atos de protesto contra a promessa não cumprida por Macron, em 220 diferentes manifestações, convocadas por diferentes sindicatos ligados a hospitais e clínicas do país. O principal ato será realizado em Paris, em frente ao edifício do Ministério da Saúde francês.

Os protestos também contam com apoio de outros setores sindicais, que foram às ruas defender os “heróis de jalecos brancos”, como estão sendo chamados por alguns meios.

A CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores da França) divulgou um comunicado pedindo para que todos os sindicatos do país defendessem a causa de um maior orçamento “para melhorar a infraestrutura e os recursos humanos para a saúde pública de todos os franceses”.

Os profissionais da saúde exigem também “a revalorização dos salários, e um plano para evitar o fechamento de hospitais e de leitos na rede pública de saúde, além de promover a ampliação dos mesmos”, segundo o comunicado da CGT.