Rio libera volta às aulas com recorde de mortos e falta de sedativos para intubação

Neste sábado, 411 fluminenses morreram por Covid-19. Aliado de Bolsonaro, Cláudio Castro (PSC) decretou a reabertura das escolas com 50% da capacidade a partir desta segunda-feira

Cláudio Castro e Flávio Bolsonaro em encontro ocorrido em Brasília em fevereiro de 2019 | Reprodução
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O governador do Rio, Cláudio Castro (PSC) - um dos poucos que ainda estão aliados a Jair Bolsonaro (Sem partido) - publicou decreto em edição extraordinária do Diário Oficial na tarde deste sábado (3) que libera a a reabertura das escolas estaduais por meio do funcionamento híbrido, com atendimento presencial máximo de 50% da capacidade da unidade de ensino, considerando ainda a avaliação epidemiológica de cada município.

A medida foi divulgada no mesmo dia em que o estado bateu, pela segunda, o recorde de mortos por Covid-19 nas últimas 24 horas. Neste sábado, 411 novos óbitos foram registrados no estado, superando o recorde anterior, de quinta-feira (1º), quando 384 fluminenses morreram em decorrência da doença.

Segundo apuração da TV Globo Rio, também há falta de remédios para intubação e sedação m unidades de saúde do Rio. Os relatos são de parentes de pacientes e de profissionais de saúde. A Secretaria Estadual de Saúde nega.

O novo decreto de Castro, deste sábado, substitui a portaria do dia 24 de março, quando o governo do Rio determinou uma "parada emergencial", nas palavras do governador, suspendendo as aulas presenciais nas escolas públicas e privadas, assim como o fechamento de praias, parques e clubes, por dez dias.