Sob Bolsonaro, governo federal fica em penúltimo lugar em ranking de transparência sobre Covid-19

É a primeira vez que o governo federal é avaliado no levantamento, que está em sua terceira edição e inclui os todos os governos estaduais e as prefeituras das capitais

Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução
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A tática militar de ocultar e manipular informações levada ao Palácio do Planalto por Jair Bolsonaro fez com o que governo federal figurasse na penúltima colocação - à frente apenas do governo de Roraima, comandado pelo bolsonarista Antonio Denarium, do PSL - no ranking de transparência em contratações emergenciais durante pandemia.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) pela Transparência Internacional, que diz que o motivo do mau desempenho é a falta de detalhamento das contratações emergenciais e o fato de os dados estarem espalhados por vários portais diferentes.

É a primeira vez que o governo federal é avaliado no levantamento, que está em sua terceira edição e inclui os todos os governos estaduais e as prefeituras das capitais.

A lista é liderada pelos governos do Ceará, Espírito Santo e Rondônia, que obtiveram 100 pontos - o máximo na escala -, seguidos de Alagoas, Amapá, Distrito Federal e Goiás.

Entre as cidades, João Pessoa (PB), Macapá (AP) e Vitória (ES) atingiram os 100 pontos e lideram o ranking, seguidas de Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO) e Rio Branco (AC).

A nota média dos estados aumentou de 59,5 pontos no primeiro levantamento, há dois meses, para 85,7 nesta edição. Entre as capitais, a média foi de 45,8 para 85,2 no mesmo período.

A Transparência Internacional avaliou que o principal portal de informações sobre coronavírus do governo federal mostra poucos detalhes sobre as contratações e não tem os dados em formato aberto, o que é considerado importante para a transparência porque permite o cruzamento com outras informações.

"Outros sites trazem apenas números agregados que, embora possam ser úteis para fins estatísticos e de pesquisa, não facilitam o acompanhamento de contratações individuais pelas organizações da sociedade civil, jornalistas e órgãos de controle. São exemplos disso o Painel de Compras COVID-19 do Portal de Compras do governo federal e o Painel Contratações Relacionadas à COVID-19 da Controladoria-Geral da União (CGU)", afirma a análise.

Veja o ranking completo no site da Transparência Internacional