O caso de assédio sexual envolvendo o ex-diretor do departamento de humor da TV Globo, Marcius Melhem ganhou mais um capítulo esta semana.
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou uma ação civil pública contra a emissora por omissão em relação às denúncias de assédio sexual que envolveram o ex-diretor.
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A denúncia coletiva de treze artistas, entre atrizes, e roteiristas do núcleo de humor da Globo, deu origem à investigação no MPT. Depois de colher depoimentos, o inquérito foi encerrado e originou a ação apresentada ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.
No ato de instauração do inquérito, o MPT citou que as atrizes se mostraram "desanimadas com a postura da empresa [Globo], que ainda de certa forma se mostra conivente ao demorar em tomar providências contra esse tipo de assédio moral e sexual".
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O caso corre em segredo de Justiça e a TV Globo afirma desconhecer a ação. A emissora carioca disse também que não comenta processos que estejam sob judice. O MPT também não quis se manifestar.
A primeira denúncia contra Melhem foi feita pela atriz Dani Calabresa, em 2019, mas foi abafada dentro da própria emissora.
No ano seguinte, a advogada Mayra Cotta, representando 12 pessoas, afirmou à coluna da jornalista que o influente ex-diretor tinha agido de forma violenta contra as atrizes e relatou a série de denúncias que foram feitas contra ele.
O assessor de Melhem encaminhou uma nota à Fórum, com o posicionamento do ex-diretor:
"Marcius Melhem em nenhum momento teve acesso aos autos - pedido negado por duas vezes, com a justificativa de que ele não era investigado e sim a Globo. Também não foi chamado a testemunhar ou mostrar provas. Claramente continua a estratégia de vazamentos seletivos para influenciar negativamente sua imagem. Mas Melhem aguarda ansiosamente pelo momento de mostrar publicamente suas provas. A verdade chegará no seu tempo".