Cantora carioca Luisa lacerda lança “Zigue Zague”, estreia solo só de voz e violão

O EP, todo feito com repertório formado por novos e jovens compositores, tem como objetivo destacar suas performances vocais e de instrumentista

Foto: Pat Duarte
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A cantora carioca Luisa lacerda acaba de lançar seu quinto álbum de carreira e o primeiro solo, o EP “Zigue Zague”, onde está, de fato, só, apenas com sua voz e seu violão. O álbum, todo feito com repertório formado por novos e jovens compositores, tem como objetivo destacar suas performances vocais e de instrumentista.

Além, é claro o de reduzir, em termos operacionais, os riscos de ensaios e gravações com banda, por conta do isolamento social requerido pela pandemia do COVID-19.

Capa Zigue-Zague

Luisa é uma grande cantora e excelente instrumentista. É difícil saber o que ela faz melhor. Seu violão é vigoroso, limpo, exato. Sua voz tem um lindo timbre, além de afinação perfeita e interpretação na medida para as canções. A junção exata de voz e violão preenche os espaços e nos faz quase esquecer que não há mais ninguém tocando ao seu lado.

O EP conta com uma única participação, a do violonista Lucas Gralato na faixa título “Zigue Zague”.

Luisa, que já dividiu o palco com nomes como Guinga, Cristóvão Bastos, Cláudio Nucci, Renato Braz, Áurea Martins e Mariana Baltar, buscou desta vez um repertório inédito de artistas jovens. As canções são bonitas, bem construídas, com letras excelentes e ganham, com a interpretação da cantora e instrumentista uma identidade própria.

“Já fazia tempo que queria gravar meu trabalho solo, mas meus projetos em parceria sempre foram acontecendo tão naturalmente e com tamanho entusiasmo, que acabei adiando este plano”, explica a artista que já gravou álbuns em parceria com o compositor e violonista Miguel Rabello (“Meia Volta”, 2017), com a violoncelista Maria Clara Valle (“Beira do Mundo”, 2019), com o compositor e violonista Renato Frazão (“Cantiga do Breu”, 2019) e, seu mais recente, com o compositor e violonista Giovanni Iasi, o CD “Nó”, cujo lançamento em 2020 foi bastante afetado pela pandemia, passando desapercebido do grande público. 

“Por conta da pandemia, que teve início em março do ano passado, acabei me concentrando no meu repertório solo e dando início às gravações de cinco canções - pretendo guardar a maioria do repertório para gravações futuras com mais participações e aglomerações, comenta.

Luisa afirma ainda que “Zigue Zague” é “meu trabalho de intérprete mais completo como cantora, violonista e arranjadora...e segue no caminho dos meus trabalhos anteriores no que diz respeito a apresentação de novos compositores do nosso rico cenário musical”.

Sozinha, com sua voz e seu volão, Luisa Lacerda dá um novo sopro na nossa música popular.