Vaquinha tenta salvar última livraria de Itabira, terra de Carlos Drummond de Andrade

Em meio à crise econômica e com a digitalização dos livros, internautas se mobilizam em uma plataforma de financiamento coletivo para que o Clube da Leitura de Itabira continue de portas abertas

Livraria Clube da Leitura de Itabira (Reprodução)
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Assim como nos versos de Carlos Drummond de Andrade em sua "Confidências de Itabirano", o Clube da Leitura de Itabira corre o risco de tornar-se apenas um quadro na parede.

Em meio à crise econômica e com a digitalização dos livros, a última livraria física da cidade natal do escritor mineiro corre o risco de fechar as portas.

“Já era para eu ter fechado há muito tempo. O movimento já tinha caído bastante e aí veio a pandemia. Mas quando soube que Itabira ia receber um festival literário, resolvi insistir um pouco mais”, disse ao portal G1 Juliana Naves que está à frente do Clube da Leitura desde sua fundação, há 24 anos.

Até o dia 31 de outubro, Itabira está sediando a 1ª edição do Festival Literário Internacional, o Flitabira.

E diante da divulgação da possibilidade de fechar, a livraria ganhou uma ajuda virtual para manter-se no mundo real.

Um grupo de amigos sugeriu e a livraria abriu uma vaquinha virtual no Catarse para continuar aberta.

"A livraria funciona dentro de uma galeria que teve 80% das lojas fechadas durante a pandemia, deixando-a ilhada em nesse espaço e perdeu totalmente o fluxo de pessoas. Para dar continuidade as nossas atividades, precisamos nos mudar para um ponto que tenha um custo menor e que nos permita mais visibilidade", diz o texto na plataforma Catarse.

Até a tarde deste domingo (26), 52 pessoas haviam apoiado o projeto com R$ 3.455,00. A meta é captar R$ 45 mil.

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