IGUALDADE DE GÊNERO

Apenas começamos! – Por Giselle Menezes

O retorno de um ministério exclusivamente para as mulheres reflete o olhar atento para as questões do gênero; dentre elas, a equidade também no mercado de trabalho

Giselle Menezes, presidenta da Apcef/Maranhão.Créditos: YouTube/Reprodução
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Ventos de esperança voltam a soprar no país com a volta de um governo democrático e social. O retorno de um ministério exclusivamente para as mulheres reflete o olhar atento para as questões do gênero; dentre elas, a equidade também no mercado de trabalho. E o Executivo quer dar exemplo – ainda está distante do ideal, mas as mulheres ocupam 11 ministérios no governo, o que representa 30% da Esplanada. O número é recorde na história do Brasil.

Próximo ao nosso contexto, duas mulheres comandam os principais bancos públicos do país – Na Caixa Econômica Federal, Rita Serrano; no Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. Mas se os ventos sopram em favor, queremos avançar!

Além de ocupar cargos de liderança, buscamos equidade de direitos. E para conquistar a isonomia de gênero e outros avanços igualmente importantes, a participação feminina no movimento associativo é fundamental. Nós, da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa, a Fenae, entendemos que não há possibilidade de avanço se não houver união de esforços, sem a luta coletiva.

A participação feminina nas entidades associativas contribui na organização de pautas que serão negociadas e garantidas em acordos coletivos. Desde a Jornada de seis horas, passando pela Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) Social, auxílios, canal de apoio às empregadas em situação de violência doméstica e licença-maternidade de seis meses são exemplos de conquistas que tiveram participação incansável das mulheres.

Como presidenta da Associação do Pessoal da Caixa (Apcef) no Maranhão, afirmo que a pauta feminina no movimento associativo não se limita às conquistas trabalhistas. Além de reforçar nossa representação no setor bancário, enfrentamos e combatemos o preconceito, o machismo, os assédios. Nosso olhar alcança a promoção da cultura, do esporte, do bem-estar, o direito à moradia, a responsabilidade social.

Há muito a ser feito. Se os ventos de esperança voltaram, eles não avançam sem luta. E a ampliação da participação das mulheres no movimento associativo nos impulsiona para mais. Apenas começamos!

*Giselle Menezes é presidenta da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal no estado do Maranhão