Além de disseminar uma série de fake news sobre os mais variados assuntos, o presidente Jair Bolsonaro (PL), durante entrevista ao Flow Podcast nesta segunda-feira (8), usou termos racistas para negar que seja uma pessoa racista.
O titular do Palácio do Planalto voltou a contar a história de quando salvou "Celso Negão" de um afogamento durante um treinamento militar e, além de dizer que o colega não era negro, mas sim "azul", apontando para o próprio braço, se referiu a ele como "negão".
"O meu sogro é o Paulo Negão. Racismo... Em 1978. Tinha um lagoa, se fazia exercício ali (...) Daí entrou o Celso Negão. Quando eu vi, falei: 'vai dar merda'. Não deu outra, o negão caiu na água, tirei na roupa e pulei. Na segunda vez que mergulhei, peguei o Celso Negão no fundo da lagoa e arrastei pra fora. Arrisquei minha vida pela vida de um soldado. E ele não era negro, era azul", disparou Bolsonaro.
O apresentador Igor Coelho, então, interviu, afirmando que "só o jeito" que Bolsonaro contou a história já daria motivos para o chamarem de racista. O presidente, então, prosseguiu, insistindo nos termos racistas: "Mas pera aí, se eu fosse racista, deixava o negão morrer afogado, pô!"
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Alerta aos ouvintes
Durante a entrevista com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite desta segunda-feira (8), a produção do Flow Podcast resolveu fazer um alerta aos ouvintes com uma mensagem na tela da transmissão em seu canal do YouTube.
Ao longo da conversa, Bolsonaro disparou uma série de fake news sobre os mais variados temas, sobretudo relacionadas à pandemia do coronavírus. Em dado momento da entrevista, então, uma mensagem foi afixada com uma tarja na tela: "Lembre-se de pesquisar sobre tudo que foi dito nesse programa".