Jornalista denuncia racismo em aeroporto: “O que mais me machucou é a certeza de que eu era uma criminosa”

Ao embarcar para Paris pela companhia aérea Azul, Igi Ayedun foi constrangida por uma funcionária que entregou seu passaporte para verificação na Polícia Federal

Foto: Reprodução/Instagram
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A jornalista e artista multimídia paulistana Igi Ayedun usou as redes sociais, na madrugada desta segunda-feira (22), para denunciar que foi vítima de constrangimento por racismo, durante o procedimento de check-in para viajar a Paris. O caso ocorreu no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Igi viajava pela companhia área Azul e ao entregar seu passaporte para uma atendente de nome Denise no balcão da empresa, teve uma surpresa. Depois de dez minutos sem receber seu passaporte de volta e sem ter sua passagem emitida, questionou a atendente se estava tudo bem. Foi quando recebeu a seguinte resposta da funcionária: “Estou aguardando o segurança para verificar o seu documento na Polícia Federal”. Igi gravou um vídeo para comentar o episódio. Ela mostra seu passaporte, com inúmeros registros de viagens durante vários anos. “Desde que comecei a trabalhar com internacional. O que mais me machucou foi a certeza daquela atendente de que se ela mandasse meu documento para a Polícia Federal eu não ia poder embarcar. A certeza dela de que eu era uma criminosa, de que eu estava em situação irregular no meu próprio país”, conta. A jornalista revela que tentou argumentar com a funcionária. “Questionei, perguntei, tentei facilitar, tentei dizer para ela: ‘Olha, eu vou passar pela Polícia Federal de qualquer jeito. Eles batem o passaporte no sistema, vão ver que está tudo bem, que minha ficha é limpa, que é tudo limpo e a gente não precisa passar por isso’. E ela disse que são procedimentos de segurança, ‘porque você não vai ser aceita na França’”, destaca. Nota da Azul Igi contou que foi a segunda vez que passou por isso, com a Azul. A companhia tentou se desculpar em resposta à jornalista: “Lamentamos muito esse ocorrido e vamos analisar o seu caso para entender o que aconteceu hoje e em outubro de 2018. Esse tipo de postura não condiz com os valores da nossa empresa”, diz o texto. Assistam ao vídeo no qual Igi Ayedun conta o que passou:
 
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