Mirtes Souza, mãe do menino Miguel, tem redes sociais hackeadas

O advogado Rodrigo Almeida, que representa Mirtes no caso, também relatou ter sofrido ataques

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O perfil de Mirtes Renata de Souza no Instagram foi hackeado na última semana em meio ao avanço das investigações sobre a morte do filho da empregada doméstica, Miguel, de 5 anos. Na quarta-feira (1º), a Polícia Civil de Pernambuco indiciou a primeira-dama de Tamandaré, Sarí Côrte Real, por abandono de incapaz na morte do menino.

“A maioria das fotos, eu só tinha lá mesmo”, disse Mirtes à jornalista Lenne Ferreira, do Alma Preta, em reportagem sobre o caso. Segundo a repórter, a mulher não teve nem tempo de pensar no hackeamento do perfil em razão da luta por justiça que vem sendo travada desde o dia 2 de junho - quando ocorreu a morte de Miguel.

Um dos advogados que representam Mirtes, Rodrigo Almeida, também sofreu um ataque virtual. Segundo a reportagem, o perfil teria sido hackeado se não fossem as medidas de segurança adotadas por ele.

O defensor afirmou que o maior interesse no momento é “é a revelação da verdade com riqueza de detalhes e aplicação da pena à culpada”.

Na quarta-feira, a Polícia Civil de Pernambuco decidiu indiciar Corte Real, patroa de Mirtes, por abandono de incapaz na morte de Miguel. Para o delegado Ramon Teixeira, a primeira-dama de Tamandaré cometeu “crime preterdoloso”, cuja pena vai de quatro a 12 anos de prisão. Inicialmente ela havia sido autuada por homicídio culposo e pagado uma fiança de R$ 20 mil.

A reportagem ainda relacionou o episódio com os ataques a perfis antirracistas que tem ocorrido no Instagram. Na última sexta-feira, a professora de história Carolina Sodré denunciou que criadores de conteúdo negros e negras tem sofrido uma onda de ataques hackers com o objetivo de derrubar perfis que tem ganhado influência nas últimas semanas.