TROCA DE COMANDO

Daniella Marques, braço direito de Guedes, é escolhida para presidir a Caixa

Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa, foi afastado após ser acusado de assédio sexual por funcionárias do banco

Daniella Marques, braço direito de Guedes, é escolhida para presidir a Caixa.Créditos: Agência Brasil
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O governo federal anunciou a economista Daniella Marques como a nova presidenta da Caixa Federal. Marques é secretária especial de Produtividade e Competitividade no Ministério da Economia. É parceira de longa data do ministro do Economia Paulo Guedes. 

O nome de Daniella tem certa rejeição dos aliados do Centrão, mas teria sido aceito por causa do potencial de impacto que as denúncias de assédio sexual podem causar no eleitorado feminino.

Ao demitir Guimarães e colocar Daniella em seu lugar, Bolsonaro daria um aceno de que seria intolerante com eventuais casos de violência contra a mulher junto a apoiadoras, para estancar uma debandada do eleitorado feminino que o apoia, especialmente no meio religioso.

 

Retenção na Câmara


Alçado ao governo após trabalhar com o ministro da Economia na iniciativa privada - na Bozano Investimentos -, Daniella chegou a ser retida pela Polícia Legislativa em abril de 2019 ao tentar impedir a deputada Maria do Rosário (PT/PR) de falar com Guedes durante depoimento dele à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

Presidente de Caixa é acusado de assédio por várias funcionárias

 

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, está sendo acusado de assédio sexual por várias funcionárias do banco público. Após se unirem e denunciarem a suposta conduta do chefe máximo da instituição às autoridades, no final do ano passado, o caso está agora nas mãos do Ministério Público Federal (MPF), que o investiga sob sigilo. As informações foram reportadas com exclusividade pelo jornalista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles.

Bolsonarista convicto a reverberar as groselhas ideológicas de seu ídolo, o que o fez ganhar proximidade com o núcleo central do poder em Brasília, o carioca Pedro Guimarães era um economista com longa carreira em instituições financeiras privadas, até o convite de Jair Bolsonaro, logo após sua eleição, para assumir o gigante estatal de 161 anos, fundado ainda no Império. De lá para cá, Guimarães está cada vez mais presente nas cerimônias, compromissos e transmissões ao vivo pela internet do presidente, que utilizou sua figura especialmente no período da pandemia, por conta dos auxílios pagos pela Caixa aos brasileiros.