Depois de dois anos sem os festejos presenciais de Festa Junina, os festejos voltam com os alimentos tradicionais mais caros. As comidas típicas juninas tiveram uma subida de preços acima da inflação nos últimos 12 meses, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostra que as comidas juninas tiveram um aumento de 13,12% em doze meses, enquanto a inflação ao consumidor ficou em 10,08% no mesmo período.
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O caldo verde deve ser o principal impactado, afinal a batata-inglesa teve alta de 71,35% - a maior alta entre os alimentos típicos - enquanto a couve subiu 29,34%.
A maçã do amor vai também ficar mais amarga. Produtos como açúcar refinado, maçã e açúcar cristal subiram 42,02%, 28,68% e 26,8%, respectivamente.
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O economista Matheus Peçanha, coordenador do IBRE, atribuiu o aumento principalmente a questões climáticas. "Nesse último choque, chuvas torrenciais nos meses de verão impactaram quase todas as culturas de hortifrutis, por isso vimos uma escalada de preços absurda nos últimos 4 ou 5 meses de itens tão básicos como o tomate e a cenoura, que foram os protagonistas desse período, mas também de itens importantes dessa lista como a batata, a couve e a maçã”, analisou Matheus Peçanha à CNN Brasil.
Outros itens fundamentais para os festejos também sofreram aumento acima da inflação: milho de pipoca (20,95%), leite longa vida (18,03%), farinha de trigo (16,78%), aipim/mandioca (16,03%), fubá de milho (15,63%), ovos (15,1%), batata doce (13,83%), milho em conserva (12,08%), queijo minas (11,23%), leite condensado (10,67%) e linguiça (10,1%).
Dos 27 itens listados pela FGV, apenas 2 ficara mais baratos: arroz e leite de coco.