POLÍTICA DE ÓDIO

Qatar, sede da Copa do Mundo, proíbe homossexualidade e persegue pessoas LGBT, denuncia ONG

Relatório divulgado pela Human Rights Watch aponta uma série de violações de direitos humanos cometidas pelo país, onde ser homossexual é crime

Qatar, sede da Copa do Mundo, proíbe homossexualidade e persegue pessoas LGBT, denuncia ONG.Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A organização Human Rights Watch (HRW) divulgou nesta segunda-feira (24) um relatório em que aponta uma série de ilegalidade cometidas pelo governo do Qatar, país sede da Copa do Mundo, contra as pessoas LGBT. 

No Qatar, país localizado no Golfo, é crime ser homossexual. Por conta disso, organizações intensificaram o monitoramento do país no que diz respeito aos tratados internacionais de Direitos Humanos. Para o torneio mundial de futebol, espera-se, ao menos, um milhão de turistas. 

O documento elaborado pela Human Rights relata seis casos de graves agressões e de forma repetidas, e cinco casos de assédio sexual em custódia policial entre 2019 e 2022. 

O relatório destaca um caso em que quatro mulheres trans, uma mulher bissexual e um homem gay teriam sido levados para uma prisão subterrânea em Doha por agentes do Departamento de Segurança Preventiva do Ministério do Exterior. 

De acordo com a organização, no local "as pessoas foram agredidas verbalmente e submetidas a abusos físicos, com tapas, chutes e socos que provocaram sangramento". O relatório também informa que as pessoas tiveram confissões forçadas e atendimento médico negado, contato com suas respectivas famílias e acesso à representação jurídica. 

Além disso, os detidos foram obrigados a desbloquear os celulares e entregarem os contatos de outras pessoas LGBT às autoridades do governo do Qatar. 

No Qatar as relações entre pessoas do mesmo sexo e o casamento igualitário são proibidos. Judicialmente, as LGBT podem ser punidas até 7 anos de prisão. Segundo a organização, nenhum dos detidos relatados no documento foram indiciados. 

Ao tomar conhecimento do relatório produzido pela Human Watch Rights, o governo do Qatar negou as informações do relatório e disse que elas são falsas. Também declarou que não tolera nenhuma forma de discriminação e que a polícia do país tem compromisso com os Direitos Humanos. 

As precárias condições e criminalização das vidas LGBT no Qatar ainda devem render durante a Copa, pois, uma série de jogadores e capitães de seleções se comprometera a usar braçadeiras em apoio à comunidade LGBT. O governo do Qatar atua para tentar evitar tais manifestações. 

 

 

Com informações da Folha de S. Paulo.