PGR da Angola fecha mais três templos da Igreja Universal

Medida ocorre no âmbito do processo que investiga líderes da congregação por fraude fiscal e associação criminosa

Imagem: Divulgação/IURD
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola fechou mais três templos da Igreja Universal do Reino de Deus na última quarta-feira (7). Os três estão situados na província de Uíge. Decisão ocorre no âmbito do processo judicial que investiga líderes da congregação por fraude fiscal e associação criminosa.

De acordo com o Jornal de Angola, procuradores da PGR e agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) colocaram faixas em todas as portas que dão acesso aos templos e compartimentos adjacentes aos edifícios, além de instruírem os pastores e demais membros da congregação para não as removerem das portas, sob pena de crime de desobediência.

Em setembro, a Justiça de Angola já havia decretado o fechamento de quatro templos da Universal. De acordo com a agência Lusa, a ordem do Ministério Público angolano é de que todos os templos da igreja no país serão fechados. O processo, no entanto, se dará "de forma gradual".

Ao Jornal da Angola, o pastor Humberto de Almeida disse que os fechamentos recentes ocorrem como cumprimento de ordem da Justiça angolana e são resultantes dos conflitos internos que culminaram com a criação da Comissão de Reforma da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola.

“O conflito interno na IURD já foi ultrapassado, com a criação da Comissão de Reforma. Esperamos celeridade da Justiça, para que os templos sejam reabertos e voltarem aos cultos, com vista à pacificação dos espíritos de muitas famílias que tanto precisam de serviços divinos”, disse.

A igreja é acusada pelo Ministério Público de praticar delitos como "associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais, abuso de confiança e outros atos ilegais". Desde o fim do ano passado, pastores angolanos da Universal têm tomado controle de templos da igreja no país, rompendo com as igrejas brasileira. Em junho, 50 templos da igreja em Luanda estavam sob controle dos dissidentes, segundo o UOL.