Uber é multada em US$ 59 milhões por não liberar casos de assédio e abuso sexuais nos EUA

Relatório da própria empresa, que se recusa a entregar os detalhes dos casos, lista cerca de 6 mil ocorrências nos EUA entre os anos de 2017 e 2018

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A Uber, plataforma de aplicativo de transporte, foi multada em US$ 59 milhões por se recusar a liberar dados sobre abusos sexuais cometidos em seu serviço no ano de 2019 na Califórnia, Estados Unidos.

A solicitação de mais detalhes dos casos foi feita pela California Public Utilities Commission (CPUC) a partir de um relatório divulgado pela própria plataforma no ano passado.

O documento lista cerca de 6 mil ocorrências nos EUA de assédio e abuso sexual entre os anos de 2017 e 2018 - sendo 1.243 na Califórnia.

A partir disso, a CPUC pediu mais detalhes - como dia, hora e local - para iniciar uma investigação, mantendo as informações em sigilo, mas a Uber se negou a entregar, alegando que seria uma “chocante violação” da privacidade das vítimas.

A comissão californiana, então, pediu que a empresa entregasse as informações com “códigos ou outro signos” no lugar do nome das vítimas. “Há um ano, o CPUC mudou o tom: nós podemos oferecer informações anonimizadas - mesmo assim, estamos sujeitos a uma multa de US$ 59 milhões por não acatar todas as ordens que o CPUC fundamentalmente alterou", afirmou a Uber em nota.

"A Uber não pode informar sobre a existência de um documento como esse, mas recusar a prover à Comissão fatos que circulam as reclamações e a autoria do referido documento. A Comissão seria falha em suas responsabilidades estrangulatórias se falhasse em conduzir um processo de acompanhamento da questão”, respondeu a CPUC.

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