Argentina sai da moratória após nova renegociação das dívidas deixada por Macri

Governo de Alberto Fernández deixou de ser considerado oficialmente “em moratória”, e passou do nível “SD” (que significa “inadimplência seletiva”) para obter uma pontuação de crédito de “CCC +”

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A agência de classificação Standard & Poor´s elevou nesta terça-feira (8) sua consideração a respeito da Argentina depois que o país sul-americano renegociou outro pacote das bilionárias dívidas deixadas pelo governo de Mauricio Macri.

Com isso, o país, agora governado pelo progressista Alberto Fernández deixou de ser considerado oficialmente “em moratória”, e passou do nível “SD” (que significa “inadimplência seletiva”) para obter uma pontuação de crédito de “CCC +”.

Esta nova classificação veio depois que o país latino-americano emitiu na sexta-feira (4), novos títulos de dívida, em substituição aos antigos: desde meados de maio, Buenos Aires não pode cumprir os compromissos financeiros assumidos, quando não pagou os 500 milhões de dólares correspondentes.

A consideração das agências de rating é importante para determinar o lucro que pode ser obtido na compra de títulos: se houver maior risco, a taxa de juros também deve ser elevada.

Apesar desta melhoria, várias operadoras ofereceram novos títulos argentinos em dólares, com uma taxa de juros de 10,9%, segundo informou a agência Bloomberg, especializada em cobertura do mercado financeiro. Essa elevada margem de lucro é explicada pela crença de que o país poderá entrar em moratória novamente no futuro, pois ainda enfrenta uma crise econômica, também herdada do governo anterior.

Ainda assim, a agência Standard & Poor´s destacou a relevância de sair da moratória: “este importante passo em frente oferece a oportunidade para o governo articular um plano mais amplo para enfrentar vários desafios macroeconômicos após a pandemia e negociar um novo programa com o FMI (Fundo Monetário Internacional)”.